Decidiram fechar estações de metrô nas proximidades de estádios de futebol em dias de jogo ou eventos. Danem-se os cadeirantes, os idosos, as crianças e os cardíacos. Às favas com os direitos do contribuinte, a utilidade pública dos serviços estatais, as regras básicas de mobilidade e convívio.
Será que ninguém consegue imaginar os resultados de tamanha insensatez? Os riscos de ações criminosas e de acidentes nas vizinhanças afastadas e menos protegidas? A multiplicação dos focos de confronto e dos atos de vandalismo, favorecida por milhares de torcedores dispersos em áreas enormes e incontroláveis? Para que diabo serve uma estação que fecha quando mais se precisa dela?
De novo, é a Polícia Militar jogando a conta das próprias limitações e incompetências para o cidadão honesto que a financia. Não lhe basta omitir-se diante de abusos e violências, desrespeitar inocentes, banir torcedores, decretar Leis Secas e toques de recolher. A corporação precisa também atrapalhar os avanços estruturais da sociedade, abandonando suas prerrogativas constitucionais para garantir o sossego dos bravos guardiões da lei e resguardar o bondinho das famílias endinheiradas que têm nojo do populacho fedido.
Acreditem: ainda vão tentar proibir o futebol.
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