Mal recebido pela crítica, com alguma justiça. O
problema é a expectativa criada pelos últimos filmes de Woody Allen,
particularmente o supervalorizado “Meia-noite em Paris”. Não que sejam ruins,
pelo contrário. Mas a banalização do conceito de obra-prima sacrifica trabalhos
modestos que não precisam nem almejam revolucionar o cinema para agradar as platéias.
O elenco italiano se sobressai. O famoso tenor
Fabio Armiliato é uma grata e divertida surpresa. Roberto Benigni, contido, num
papel difícil, encanta mesmo os que odeiam suas macaquices. Entre os
estadunidenses, Alec Baldwin destoa um pouco do conjunto bem mediano, que
parece ligado nesse modo automático que alguns enxergam na própria direção de
Allen.
Não achei o roteiro tão fraco, nem repetitivo como
se acusa. Irregular, certamente, mas bem-sucedido nas suas baixas
pretensões, calcadas numa simpática homenagem ao cinema italiano. Algo
decepcionante é a fotografia do mestre Darius Khondji, que talvez se ressinta
das muitas cenas exteriores, filmadas com a rapidez que imaginamos numa cidade
efervescente como Roma.
2 comentários:
Assisti, ontem, a esse mais recente filme de Woody Allen. Infelizmente, não consigo ser isenta em relação a ele, pois lhe tenho uma enorme simpatia. Sempre dou boas risadas em seus filmes, e ontem não foi diferente. A profunda humanidade que exala de seus personagens me toca de modo intenso e duradouro. Fico dias me lembrando deles, e totalmente identificada com as suas fraquezas e problemas. Enfim, uma fã!
enfim uma crítica plausível. "bem-sucedido nas suas baixas pretensões". bem isso. woody é um gênio e, mesmo um filme desses, dá um grande prazer de assistir.
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