sexta-feira, 13 de julho de 2012

“Para Roma com amor”



















Mal recebido pela crítica, com alguma justiça. O problema é a expectativa criada pelos últimos filmes de Woody Allen, particularmente o supervalorizado “Meia-noite em Paris”. Não que sejam ruins, pelo contrário. Mas a banalização do conceito de obra-prima sacrifica trabalhos modestos que não precisam nem almejam revolucionar o cinema para agradar as platéias.

O elenco italiano se sobressai. O famoso tenor Fabio Armiliato é uma grata e divertida surpresa. Roberto Benigni, contido, num papel difícil, encanta mesmo os que odeiam suas macaquices. Entre os estadunidenses, Alec Baldwin destoa um pouco do conjunto bem mediano, que parece ligado nesse modo automático que alguns enxergam na própria direção de Allen.

Não achei o roteiro tão fraco, nem repetitivo como se acusa. Irregular, certamente, mas bem-sucedido nas suas baixas pretensões, calcadas numa simpática homenagem ao cinema italiano. Algo decepcionante é a fotografia do mestre Darius Khondji, que talvez se ressinta das muitas cenas exteriores, filmadas com a rapidez que imaginamos numa cidade efervescente como Roma.

2 comentários:

Vania disse...

Assisti, ontem, a esse mais recente filme de Woody Allen. Infelizmente, não consigo ser isenta em relação a ele, pois lhe tenho uma enorme simpatia. Sempre dou boas risadas em seus filmes, e ontem não foi diferente. A profunda humanidade que exala de seus personagens me toca de modo intenso e duradouro. Fico dias me lembrando deles, e totalmente identificada com as suas fraquezas e problemas. Enfim, uma fã!

dan disse...

enfim uma crítica plausível. "bem-sucedido nas suas baixas pretensões". bem isso. woody é um gênio e, mesmo um filme desses, dá um grande prazer de assistir.