sexta-feira, 10 de outubro de 2014

“Garota exemplar”






















David Fincher é cineasta acadêmico, mas isso apenas evidencia a sua competência narrativa. Ele desenvolve a estética de cada filme a partir das exigências do texto, interferindo o menos possível no resultado. Não por acaso, costuma trabalhar com obras literárias fortes e célebres.

Em “Garota exemplar”, a fidelidade ao romance original resulta num curioso exercício de gênero: os diferentes estilos se sucedem, a partir de transições e reviravoltas, e nunca parecem forçados. Citar as referências estragaria um pouco das surpresas, mas elas existem e são conduzidas com a segurança e o cuidado técnico habitual em Fincher.

Reflexões sobre a mídia, o casamento, as fantasias sociais, o egoísmo e talvez algum outro tema contemporâneo de amplitude impossível. Sem esperar (ou conhecer) muita coisa, é ótima diversão.

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